terça-feira, 29 de dezembro de 2015

DE ONDE VEM / COMO SURGIU: RÉVEILLON

 Vou começar com este post iniciar aqui no blog o “De onde vem/ como surgiu”. Será uma “serie” com temas não tão sérios. Algo parecido com o que fiz com o post de John Lennon. Pela proximidade da data, começarei com Réveillon.

Origem da palavra
A palavra réveillon tem sua origem francesa. Vem do verbo reveiller que significa acordar, despertar. A palavra era usada para se referir a uma pequena refeição feita durante a noite na companhia de alguém. No século XVII, a palavra tomou um sentido de divertimento que se faz (ou fazia) na França após a missa ou datas importantes depois da meia noite.

Origem da festa
O réveillon, ou ano novo, é celebrado há muito tempo. No ocidente, as comemorações tiveram início na Roma Antiga no período de Júlio César que decretou o dia 1° de Janeiro como data para festejar o fim de um ano e o despertar do novo ano. No oriente, a China é a referência. O país também comemora a virada do ano. Neste país, segue o zodíaco chinês que é baseado no ciclo lunar o qual tem uma duração de 60 anos, cada simbolizada por um animal.
Inicialmente, o ano novo era festejado no dia 25 de Março que marcava a chegada da primavera no hemisfério norte. A festa acabou se transferindo para o dia 1° de Abril.  A última mudança foi com o papa Gregório XIII que definiu o dia 1° de Janeiro como o primeiro dia do ano. Entretanto, houve resistência na mudança da data, principalmente na França onde resolveram manter a tradição. Até cair de vez no gosto das pessoas
No Brasil, a festa de réveillon começou durante o período de Dom Pedro II que foi logo copiado pela elite de todo o país. Aos poucos foi incorporado o tradicional jantar feito na França, mas com toques brasileiros (é claro).

Algumas tradições
Nas comemorações da virada do fim de ano, são seguidos alguns rituais, tradições na tentativa de trazer paz, sorte, dinheiro, etc. A mais tradicional delas é vestir roupa branca. A origem desta tradição é da África onde existem algumas tribos que usam branco para atrair paz e purificação espiritual e homenagear Yemanjá. As sete ondas também tem relação com o orixá. Fazendo isto, acredita-se que Yemanjá lhe ajudará em momentos de dificuldade.
O jantar de réveillon também tem suas simbologias. A lentilha é super comum nas mesas para trazer fartura no ano que está chegando (não trazer dinheiro como muitos pensam, até me na hora de fazer a pesquisa para escrever este texto) assim como frutas cristalizadas uva e avelã. Para os supersticiosos, comer aves (frango, peru) pode trazer atraso na vida.


Fontes

sábado, 19 de dezembro de 2015

ESTADO LAICO, LIBERDADE RELIGIOSA, TEOCRACIA


Estado Laico
  Etnologicamente laico vem do grego que significa “do povo”.  O que ou quem não pertence a alguma religião. Está ligada a vida secular/ mundana e não ligadas a vida religiosa. Um Estado laico, também chamado de Estado secular, é um país ou nação que se posiciona de forma neutra com relação à religião, imparcialidade quanto a temas religiosos. Um Estado laico assegura liberdade religiosa de seus cidadãos. O país laico segue o caminho do laicismo, ausência de qualquer obrigação religiosa.  
  Um Estado Laico não é um irreligioso ou um “Estado ateu” (estado que não permiti qualquer prática religiosa de seus cidadãos e que estes cultos devem ser combatidos; um exemplo de estado ateu foi à antiga União Soviética). Deixarei um post do Ives Martins em sua coluna na “Folha de São Paulo” que fala sobre o Estado laico estado ateu.
  Durante a história da humanidade, a mistura entre religião e poder administrativo às vezes acabava em tirania, opressão. A própria período da Idade Média foi um bom exemplo de como a união entre religião e política não deu certo. No período, todos aqueles que não aceitavam a doutrinação da igreja católica eram hereges, pagão chegando a pagar com a própria vida por isso.
  No início da Era Moderna e fim da Idade Média, muitas revoluções acontecem e novos modelos de sociedade aparecem. Uma sociedade com direitos coletivos e individuais. Nessa época, surgem as primeiras Constituições, quando há o começo da separação entre religião e política. A Revolução Francesa foi um marco para a construção de um novo modelo de sociedade ocidental com a retirada de privilégios da então monarquia e Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.


Liberdade Religiosa
  É o direito que uma pessoa tem em escolher a religião que quiser ou ser ateu ou agnóstico e poder demonstrar sua orientação religiosa como lhe convém. A ideia da liberdade religiosa vem após a Revolução Francesa quando começou a ser separados o poder político e a Igreja.
  No Brasil, a Igreja Católica tinha grande influencia no período colonial. Tinha uma serie de benefícios com o aval da coroa portuguesa. No Brasil Império, começou a ter um princípio de liberdade religiosa (era permitido ter outras crenças, mas a proibição ao culto). O catolicismo era a religião oficial. O culto a outras religiões somente era permitido no ambiente doméstico. Em 1946, enfim nasce a liberdade ao culto quando foi feita uma feita a Constituição da época feita pelo escritor Jorge Amado, então deputado federal pelo PCB.  Enfim, a liberdade religiosa e ao culto foi mantida na atual constituição.
  Vou deixar nas fontes o link da ONG “Liberdade Religiosa” que concentra suas atenções na preservação desse direito que temos hoje. Também vou deixar o link do Projeto de Lei que fala sobre a Liberdade Religiosa.

  É importante ressaltar (e você que está lendo já deve ter percebido) que Estado Laico e Liberdade não são a mesma coisa. A laicidade de uma nação ou país pretende não misturar religião e política, não favorece nenhuma crença. A Liberdade Religiosa garante que qualquer cidadão seja livre para seguir sua orientação religiosa (seguir a doutrinação religiosa que quiser ou não seguir nenhuma). O Estado Laico acaba assegurando a Liberdade Religiosa pelo fato de não existir uma religião oficial.

Teocracia
  A palavra “teocracia” significa “governo de Deus” ou “governo divino”. É um Estado que segue as regras, dogmas de uma determinada religião. Nesta condição, há uma religião oficial ou privilégios a um grupo religioso (econômico ou político ou judicial) e proíbe qualquer a manifestação de qualquer outra religião. Todas as decisões a serem tomadas de qualquer natureza são baseadas através das doutrinas adotadas pela religião oficial. Os líderes religiosos também são políticos ou estão direta ou indiretamente com o clero.
Atualmente temos três exemplos de Estados Teocráticos: o Vaticano (Igreja Católica), Irã (Islã), Israel (Estado Judeu). Também é possível encontrar exemplos na história. No Egito Antigo, os faraós eram vistos como filhos do deus Amon-Rá e governavam o império. Outro povo que cultivava uma teocracia eram os hebreus. Seus líderes políticos “dialogavam” com seu deus Iawen.

Brasil é um Estado Laico?
  Como foi dito anteriormente, no Brasil a Igreja tinha muito poder nas épocas imperial e colonial. Esta gozava de privilégios graças a sua ligação com a coroa. A partir do Republicanismo que houve a separação entre Estado e Igreja. Em 1890, Ruy Barbosa redigiu o marco dessa separação, o Decreto 119-A que dizia:

Art. 1º É proibido á autoridade federal, assim como á dos Estados federados, expedir leis, regulamentos, ou atos administrativos, estabelecendo alguma religião, ou vedando-a, e criar diferenças entre os habitantes do país, ou nos serviços sustentados á custa do orçamento, por motivo de crenças, ou opiniões filosóficas ou religiosas.
Art. 2º a todas as confissões religiosas pertence por igual à faculdade de exercerem o seu culto, regerem-se segundo a sua fé e não serem contrariadas nos atos particulares ou públicos, que interessem o exercício deste decreto.
Art. 3º A liberdade aqui instituída abrange não só os indivíduos nos atos individuais, senão também as igrejas, associações e institutos em que se acharem agremiados; cabendo a todos o pleno direito de se constituírem e viverem coletivamente, segundo o seu credo e a sua disciplina, sem intervenção do poder publico.
Art. 4º Fica extinto o padroado com todas as suas instituições, recursos e prerrogativas.
Art. 5º A todas as igrejas e confissões religiosas se reconhece a personalidade jurídica, para adquirirem bens e os administrarem, sob os limites postos pelas leis concernentes á propriedade de mão-morta, mantendo-se a cada uma o domínio de seus haveres atuais, bem como dos seus edifícios de culto.
Art. 6º O Governo Federal continua a prover á côngrua, sustentação dos atuais serventuários do culto católico e subvencionará por ano as cadeiras dos seminários; ficando livre a cada Estado o arbítrio de manter os futuros ministros desse ou de outro culto, sem contravenção do disposto nos artigos antecedentes.
Art. 7º Revogam-se as disposições em contrario.
Tal decreto foi respeitado e, de alguma forma, adaptado nas constituições que tivemos na história do país. Apesar desta separação entre Estado e religião e de nós brasileiros termos a liberdade de ter a religião que quiser poder cultua-la e até não ter religião alguma, o Brasil sempre foi considerado um pais católico. A maioria de nossa população segue o catolicismo. Entretanto, isso vem mudando ao passar do tempo. É possível notar o crescimento do numero de fieis em outras religiões (espíritas e evangélicos) e daqueles que não tem uma religião.
Apesar de está garantido a laicidade do estado brasileiro e a liberdade religiosa, é possível observar o não cumprimento de toda esta liberdade e diversidade religiosa. Podemos ver o “Deus seja louvado” em nossa cédulas, alguns símbolos religiosos como crucifixos em espaços públicos. Vou deixar alguns links que considerei que discutem bem isso.

É fundamental que tenhamos nossas individualidades garantidas. Nossa liberdade à crença não deve ser diferente. Não adianta apenas ter garantidos em leis, é preciso por em prática. Abaixo, um vídeo que faz uma reflexão sobre o assunto:

Fontes:
11)    Estado laico, Laico:

22)    Coluna de Ives Martins na Folha:

33)    Liberdade Religiosa

44)    ONG “Liberdade Religiosa”

55)    Projeto de Lei que garante a Liberdade Religiosa
66)    Teocracia
77)    Laicidade no Brasil
88)    Links sobre laicidade no Brasil

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

NÃO ERA SÓ UM MENINO DE LIVERPOOL

 Não precisa um beatlemaníaco para reconhecer a genialidade dele. Mesmo que não goste de sua musica (algo difícil de acontecer) tem que concordar que ele fez parte de uma das bandas que revolucionaram não só a musica, mas também o comportamento dos jovens de sua época.  Há 35 anos, morri John Winston Lennon, uma verdadeira lenda da música mundial. Que a data de hoje se celebração de uma das mais belas obras da historia da musica.


Vida
John nasceu no dia 9 de outubro de 1940 na cidade de Liverpool, em plena Segunda Guerra Mundial. Filho do marinheiro com uma dona de casa. Seu pai passavam longas temporadas foram de casa, trabalhando. Sem condições, sua mãe lhe entregou para que sua irmã e cunhado criassem o pequeno John. Sua infância foi tumultuada. Pouco depois, seus pais se separaram.
Aos seis anos, já cantava na igreja que frequentava. Na escola, já apresentava um talento para as artes, mais especificamente, para a música. Com 18 anos, perdeu sua mãe (morreu atropelada). Na mesma época, casou-se com Cynthia Powell. O casamento durou quatro anos e tiveram um filho, Julian Lennon.
Sua primeira banda chamava-se The Quarry Men, 1955. Dois anos após a formação da banda,  Paul McCartney entra para a banda. A partir daí, há o começo da formação de uma das bandas mais influentes da história da música.
Em 1966, John conheceu a artista plástica Yoko Ono e se separou de Cynthia para ficar com Yoko. Em 1971, o casal se muda para New York. Na época, o casal teve uma vida bastante ativa. Principalmente na área política. Seu ativismo político levantou suspeita até da FBI por abrigar uma serie de ativistas e fortes criticas à política do então presidente Nixon.
Em 1973, John e Yoko se separam. Ele se mudou para Los Angeles e se relacionou com a assistente May Pang. Nesse momento, John abusou do álcool o que o levava a uma serie de confusões. Lennon nunca perdeu o contato com Yoko e, após 14 meses do rompimento, eles reataram. Em 1975, nasce Sean Lennon dando a John o Green Card. Após o nascimento do filho, John passou um tempo de reclusão (cuidando do filho) enquanto Yoko cuidava dos negócios da família. Em 1980, ele retoma sua carreira. Isso até sua prematura morte, aos 40 anos. 

The Beatles
É difícil falar de John Lennon sem falar dos Beatles. O oposto também é válido. Tudo começou com a banda formada pelo Lennon e alguns colegas de escola The Quarry Men. Com seu convite, Paul McCartney passou a integrar o grupo. Anos depois, Paul chamou seu amigo George Harrison, enquanto Lennon chamou para a bateria Stu Sutcliffe para tocar baixo. Em 1960, Ringo Starr assumi a bateria no lugar Pete Best. A formação em 1961 contava com Lennon, McCartney, Harrison, Starr e Sutcliffe (que morreu em 1961 graças a uma hemorragia).
Em agosto de 1962, a formação que ficou famosa Lennon, McCartney, Starr e Harrison. O nome da banda veio do trocadilho "beetles" (besouros) e "beat" (batida ou compasso ritmado). A vida dos quatro meninos de Liverpool mudou quando o produtor George Martin ouviu a banda no pub The Cavern. Martin foi responsável pela maior parte dos álbuns dos Beatles. A banda era revolucionária para a época o que conquistou rapidamente os jovens da época. Em 1962, lançaram o primeiro disco (Love Me Do) e o último foi o “Let It Be” em 1970 quando Lennon resolveu seguir carreira solo com Yoko. Os Beatles lançaram oficialmente 13 LP’s e 22 compactos. O sucesso foi tanto que, em 1965, receberam da rainha Elizabeth II medalhas da Ordem do Império Britânico


Morte
John estava há cinco anos sem lançar nenhum material inédito. Ate que lançou o Double Fantasy. Voltou a rotina de entrevistas, sessões de fotos, eventos públicos. Ele costumava falar com os fãs que o aguardavam na porta do seu prédio. O então ex-beatle também gosta da cidade. Era comum ver John andando pelas imediações de onde morava.
No dia 8 de dezembro de 1980, Lennon e Yoko foram à RKO Radio Network para dar uma entrevista. Foi lá que John ficou cara a cara com seu assassino, Mark David Chapman. Ele se aproximou do carro para pegar um autografo do músico. Às 22 horas, o casal saiu do estúdio. Chegando a casa, o casal foi surpreendido por Mark que disparou cinco vezes contra John fazendo-o perder 80% do sangue. O corpo foi cremado e suas cinzas guardadas com Yoko.
Chapman não chegou a fugir da cena do crime. Ele era autista e fazia uso de drogas. Ele foi julgado e condenado à prisão perpétua. Desde 2000 tenta a liberdade condicional, foi negada por oito vezes. Após a morte de Lennon foi inaugurado um memorial em sua homenagem no Central Park, em frente ao prédio em que viveu os últimos anos de sua vida.








Fontes
*http://beatlemania.com.br/
*http://www.suapesquisa.com/musicacultura/historia_beatles.htm


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

ENTENDENDO O IMPEACHMENT




Nesta quarta-feira (2/12), o então presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), entrou com o pedido de impeachment da Dilma Rousseff. Esta notícia vem após três deputados do mesmo partido da presidente da república revelarem que vão votar na cassação do mandato do peemedebista.
Este assunto vem se arrastando desde a reeleição de Dilma no final do ano passado. Desde então, a discussão sobre o assunto está cada vez mais recorrente não só entre políticos, mas também entre a população. Então vale a pena conhecer um pouco mais sobre o tema (e outros que considerei igualmente importantes) em meio a toda essa confusão que vive a política brasileira.
Impeachment
A palavra impeachment é de origem inglesa "impedimento" ou "impugnação". É utilizada quando um governante sofre processo por infringir alguma determinada lei. No Brasil, os políticos do Executivo tem seu mandato cassado e não pode concorrer a nenhum cargo político por oito anos, segundo o Artigo 85 da Constituição. Qualquer pessoa (político ou não) pode entrar como pedido de impeachment. Desde que apresente provas documentais ou que tenha, no mínimo, cinco testemunhas que comprovem as acusações.
Os crimes que podem levar um político a sofrer este processo são: um crime comum (roubo, homicídio, etc.) ou crime de responsabilidade (vai de improbidade administrativa até atos que coloquem em risco a segurança do país, segundo a lei 1079). Eduardo Cunha apega-se mais à "lei orçamentária" e ao princípio da "probidade administrativa" trazendo a tona os casos da corrupção na Petrobras e as "pedaladas fiscais" (atraso de pagamentos aos bancos públicos). Para alguns juristas, estes casos não são suficientes para que Dilma sofra o processo de impeachment. Ate porque, até então, não há provas concretas ela esteja envolvida diretamente com desvios de dinheiro por parte dela na estatal.
Agora, o pedido vai para a Câmara de Deputados, que tem Cunha como presidente. Será criada uma comissão especial com representantes de todos os partidos (para que não exista favorecimento ou prejudicar). Esta comissão irá receber o pedido de impeachment. Dilma terá um prazo (10 sessões da Câmara) para enviar sua defesa. A partir daí, esta comissão vai avaliar se são contra ou favoráveis ao pedido de impeachment.
Dando prosseguimento, o processo precisa que dois terços dos deputados votem a favor do impeachment para o Senado (o voto é aberto). Caso não atinja esse mínimo de deputados favoráveis, o processo será arquivado. Chegando ao Senado, Dilma poderá ficar afastada do cargo por 180 dias. O julgamento no Senado será presidido pelo atual presidente do STF, Ricardo Lewandowski.

De acordo com a Lei 1079, deverá ser formada outra comissão (agora por um quarto dos 81 senadores). Estes parlamentares, agora envolvidos, devem elaborar a acusação. O material é encaminhado para o presidente do Senado (Renan Calheiros, PMDB). Das mãos de Calheiros, o documento vai para o STF que vai marcar a data do julgamento. Para sofrer o impeachment, Dilma precisará receber dois terço dos votos de senadores. Ocorrendo tudo isso, ela não poderá assumir nenhum cargo público por oito anos. Quem assumiria seu posto seria seu vice, Michel Temer. Caso ela não seja julgada culpada, terá outros 180 dias para voltar à presidência. A lei 1079 (lei do Impeachment) vou deixar linkada aqui em baixo.

Impeachment no Brasil
Há 23 anos, o Brasil teve seu primeiro caso de Impeachment, o do Fernando Collor de Mello. Ele foi eleito na primeira eleição direta após 30 anos (20 destes de uma violenta Ditadura Militar). Na ocasião, Collor concorreu à presidência contra Luiz Inácio Lula da Silva (que seria eleito presidente anos depois e falarei dele mais adiante).
Pouco depois de assumir, começaram a surgir denúncias irregularidade no governo Collor. Seu próprio irmão, Pedro Collor (empresário), começou a revelar seu tráfico de influência no governo do irmão, Fernando. Com as investigações sobre essas irregularidades, foram descobertas doações (irregulares) milionárias de empresários ainda para sua campanha a presidência. Seu tesoureiro, PC Farias, ficou responsável pela arrecadação. Vou deixar três links em baixo sobre esse caso (até para o texto não mais longo do que ele já está).
Impeachment no Mundo
O processo de impeachment não exclusividade do Brasil. Muito menos surgiu por aqui. Os primeiros casos surgiram na Inglaterra no início do parlamentarismo. O caso mais famoso é o de Francis Bacon (escritor e cientista). Ele perdeu seu cargo em 1621 por ser considerada uma pessoa que se corrompia facilmente.
Nos Estados unidos também há registro de impeachment. Três na verdade. O primeiro deles foi o de Andrew Johnson, em 1868. Ele era vice de Abraham Lincoln que foi assassinado. Johnson assumiu em um momento instável na política estadunidense. Ele chegou ao poder pouco depois da Guerra Civil no país. Johnson não chegou a sofrer, foi absolvido no Senado. No século XX, ocorreram mais dois casos. O primeiro deles foi em 1974 quando Richard Nixon foi acusado de corrupção. Mas Nixon renunciou ao cargo antes do processo fosse concluído. O mais “bizarro” (por assim dizer) foi o de Bill Clinton. Ele sofreu impeachment após um escândalo sexual com uma estagiária da Casa Branca em 1999. Também houve o caso de Carlos Andrés Perez na Venezuela em 1993. Perdeu o cargo por corrupção.

PS: Agradeço desde já a sua atenção. Peço que faça seu comentário abaixo. Elogios são sempre muito de receber. Também espero receber criticas.  Só peço que as faça com educação, até porque não crie este Blog para ser um campo de baixaria. Caso exista alguma grosseria ou intolerância ou algo do gênero, favor me sinalizar nos comentário para que eu não repita.
PPS: Qualquer besteira que eu tenha escrito, aceito que me corrijam. Peço que me apresentem uma fonte confiável para servir de base para “sua defesa” (Risos).
Atenciosamente, Daniel!
Fontes:
1)Impeachment
2) Impeachment no Brasil
3) Impeachment no mundo

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

CUNHA: A RAPOSA NO GALINHEIRO



Alvo de diversas acusações de corrupção, um dos principais pilares da atual crise política que o país vive. Apesar de tudo isso, ele ainda consegue ser  líder da Bancada do PMDB há três anos na Câmara Federal, atua em todas as comissões da Câmara, onde foi Presidente das Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) e de Finanças e Tributação da Câmara. A figura de Eduardo Cunha resume bem o quão podre é a Política brasileira.
Eduardo Cunha é formado em Economia pela Universidade Cândido Mendes. Auditor de mercado na iniciativa privada, entre 1978 e 1982. Começou sua vida política pela Telerj (empresa responsável pela telefonia no estado do Rio de Janeiro até 1998 quando foi privatizada, comprada pela Telemar, atual VIVO) no governo de Fernando Collor (ex-presidente envolvido em vários escândalos de corrupção; no principal, contas acima de Cr$ 50, 000 foram confiscadas, levando a falência muitas pessoas; em 1992, prestes a sofrer impeachment, renunciou ao cargo pra não perder direitos políticos; hoje, Collor é senador pelo PTB-AL) indicado por PC Farias (Paulo Cesar Farias foi tesoureiro de Collor em sua eleição para a presidência e um dos personagens do esquema que levou ao impeachment de Collor).
Inicialmente foi filiado ao PPB em 1994.  Está atualmente no PMDB. A página “Atlas Político” faz um bom resumo da vida política de Eduardo Cunha e também de outros políticos (vou deixar o link no final do post assim como as outras páginas de onde tirei o restante das informações).
Muita são as acusações sobre Eduardo Cunha. Citando dois inquéritos os quais o presidente da câmara de deputados responde estão: o 2123 (incompatibilidade entre informações bancárias e movimentações financeiras entre 1999 e 2000 que estão sendo apuradas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro) e 2984 (crime contra fé pública e falsificação de documentos que foram inseridos no TCE-RJ). Isso além das acusações existem as acusações do recebimento de R$ 45 milhões do bando BTG Pactual ter o interesse do banco, em uma, atendida e uma conta na Suíça em nome do deputado. Conta esta que ele continua negando (deixarei dois links soa contas na Europa: uma é reportagem do Jornal da Globo de 17/11/2015 e outra dele negando que estas não estão em seu nome no Jornal Nacional  de 7/11/2015)
Como os diversos de corrupção parecem não ser o suficiente, Cunha é autor de legislações antiaborto, contra a legalização da maconha e o casamento de pessoas do mesmo sexo. Seu último Projeto de Lei no mínimo polêmico. A PL 5069/13 que criminaliza a propaganda, o fornecimento e a indução ao aborto e a métodos abortivos. Agora, para realizar o aborto após algum tipo de abuso sexual, a vitima tem que prestar um boletim de ocorrência além de fazer um exame de corpo de delito. Como se o ato de ser violentada já não fosse completamente algo completamente degradante, agora existe também toda essa dificuldade que deveria ser algo o qual deveria levar menos transtornos a vitima.
O Brasil tem um talento incomparável para ser governado por pessoas de moral minimamente duvidosa. No caso do Cunha, é um fato que sua moral já deixou de ser a algum tempo. Com certeza não é o único (infelizmente). O pior que pouco fazemos para evitar que esse tipo de gente assuma o lugar que ocupa. Sonho em ver o dia bandidos como ele estejam em uma cadeia e não ocupando cargos políticos.


PS: Agradeço desde já a sua atenção. Peço que faça seu comentário abaixo. Elogios são sempre muito de receber. Também espero receber criticas.  Só peço que as faça com educação, até porque não crie este Blog para ser um campo de baixaria. Caso exista alguma grosseria ou intolerância ou algo do gênero, favor me sinalizar nos comentário para que eu não repita.
PPS: Qualquer besteira que eu tenha escrito, aceito que me corrijam. Peço que me apresentem uma fonte confiável para servir de base para “sua defesa” (Risos).
Atenciosamente, Daniel!
Fontes:
1) História do Cunha:
4) Atlas Político, já no perfil de Eduardo Cunha: http://www.atlaspolitico.com.br/perfil/2/487
5) Processos contra Cunha (inquéritos). Link: http://jornalggn.com.br/book/export/html/1288528

10) Charge do http://www.outrafrequencia.org/