Infelizmente, o Brasil é conhecido (e com alguma justiça) por ser um país muito corrupto. Já até cheguei a comentar e um post (clique aqui) falando um pouco de como a corrupção está tão presente em nosso cotidiano, como o brasileiro é um povo criativo e acaba usando essa criatividade para a "tirar vantagem", para usar em benefício próprio, para ser corrupto.
A política é um reflexo da população de seu país. Nada mais natural em ver um povo corrupto ser governado por políticos corruptos. Sabemos muito bem como isso acontece no Brasil. O pior não é apenas a própria corrupção, é impunidade. Segundo o site "Congresso em Foco", apenas 0,1% dos presos do país foram acusados de corrupção (clique aqui para ver mais sobre). O que me parece muito pouco para o excessivo número de casos de qualquer tipo de irregularidade tanto de políticos quanto de pessoas ligadas a eles.
Só para se ter uma ideia de como a corrupção é danosa ao Brasil, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) fez um estudo em 2012 e chegou a conclusão que entre 1,38% e 2,3% do PIB são perdidos com a corrupção no país. Como naquele ano o PIB ficou em 4,4 bilhões de reais, estima-se que foram perdidos entre 61,7 bilhões e 101,2 bilhões de reais. (clique aqui para ver mais sobre).
O mais novo caso de corrupção é investigada pela operação conhecida por "Lava-Jato". A operação começou a investigar uma rede de doleiros em diversos Estados e acabou descobrindo uma grande esquema de corrupção na Petrobras, envolvendo políticos de vários partidos políticos (clique aqui para ver mais sobre). É a investigação em combate à corrupção país. O PT está no centro das atenções por ter um número grande de politicos filiados ao partidos. Além de ser o partido da atual presidente Dilma que tem seu mandato muito questionado (em especial, o segundo quando estourou uma crise em vários setores da economia).
Bem... Pelo que foi dito e por outras razões (que qualquer rápida pesquisa possa servir de suporte) o PT vem sendo alvo de justas críticas. Grande parte dos veículos de comunicação e da sociedade estão colocando o Partido dos Trabalhadores como principal vilão de todos (ou de boa parte) os males do país. Sabemos que o o partido só assumiu o poder em 2002 com Lula. Também temos conhecimento que a corrupção no país existe a muito mais tempo que esse 14 anos petistas. Então, por que só o PT que sofre tantos ataques enquanto os demais partidos passam quase despercebidos? Não estou querendo inocentar o PT, longe disso. O ponto é o seguinte: o PT não é "O Problema", é uma parte dele.
Não são apenas os politicos petistas que são corruptos, que envolvidos em escandalos, que são verdadeiras pragas para o Brasil.
Nesta semana, vi uma notícia, no mínimo, absurda. Em Jerusalém, o grupo ultranacionalista Lehava realiza "patrulhas" para que israelenses e árabes não mantenham qualquer tipo de relação. Apesar de serem constantemente acusados de serem racistas e violentos, o grupo argumenta tentar defender um "identidade judaica"(vou deixar o link da notícia lá nas "Fontes", onde tem um vídeo com depoimento de alguns integrantes do grupo) . A muito tempo que a relação entre israelenses e árabes (palestinos em especial) é bastante hostil. Vamos tentar entender como tudo começou.
Uma breve história do conflito
O Judaísmo acredita que a atual área de Israel é a terra prometida, a terra santa, prometida por Deus.
Esta mesma região, foi ocupada por muitos povos. No ano 70 d.C., os Romanos começaram a cobrar altos tributos aos judeus que lá viviam, o que gerou (é claro!) muita insatisfação. Até que, por volta do ano de 132 d.C., acabou estourando a revolta do Bar Kokhba (movimento nacionalista de independência). Motivos religiosos foram somados aos atritos políticos que já existiam romanos e judeus. O que acabou acontecendo foi um despovoamento das comunidades judaicas que lá viviam. Quem viva nestas localidades acabaram indo para diversos locais do mundo.
Antes de continuar, preciso explicar um pouco o que é o Sionismo. O termo vem graças à colina de Sion a qual fica em Jerusalém. A ideia foi idealizada por Theodor Herz que, com ideais nacionalistas, diz que os judeus deveriam ter um Estado próprio, um lugar que eles pudessem ser fortes. Ele chegou a escrever o livro "Estado Judeu". A ideia de Herz foi o principal "motivo" para a criação do Estado de Israel.
Até que, em 1897, após o primeiro encontro sionista, decidiram voltar para a Terra Prometida. Só tinha um detalhe: aquela região estava ocupada pelo Império Otomano (abaixo, um link falando um pouco sobre o Império Otomano) onde viviam 500 mil árabes. Antes da Primeira Guerra Mundial, 60 mil judeus já viviam na atual Palestina. Após o fim da Primeira Guerra, o Império Otomano foi divido entre os país "vencedores" da guerra. Esta região ficou sobre domínio britânico. Nesta época pós primeira guerra, a Inglaterra já tinha recebido algumas sugestões sionistas (a criação de um Estado judeu). Uma destas sugestões foi a Declaração de Balfour, do então secretário dos Assuntos Estrangeiros, Arthur James Balfour, direcionada à Federação Sionista britânica que se refere na intenção do governo inglês em facilitar a criação de Estado Judeu na região. Isto (é claro) criou uma insatisfação da comunidade muçulmana. Até que França e Reino Unido concordam em promover e apoiar a criação de governos democráticos na região onde era o Império Otomano (território que ficou sobre o controle dos dois países após a Primeira Guerra Mundial) com a Declaração Anglo-Francesa.
Enquanto isso, o número de judeus na região só aumentava. Até que, em 1920, os judeus criaram um grupo paramilitar (Hanagah). Grupo este que servia para autodefesa dos judeus e para atacar os árabes que viviam na região. Nesse contexto, o Partido Nazista chegava ao poder na Alemanha. Parte do discurso do Partido colocava culpa nos judeus pela derrota alemã na Primeira Guerra. A partir deste discurso de ódio ao judeus (e de outras minorias), começou uma perseguição aos judeus por parte dos nazistas. Episódio que ficou conhecido como Holocausto (vou deixar links abaixo falando um pouco sobre isto). Nesse contexto de holocausto e com a Segunda Guerra Mundial acontecendo, a ida de judeus para a região onde está Israel se intensificou.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, foi fundada a ONU (Organização das Nações Unidas). A ONU tem como objetivo garantir a paz mundial. Logo de cara, viu como a questão judaica no Oriente Médio como uma de suas prioridades e pressionava a Inglaterra, que estava a frente da situação até então, para solucionar o caso. Em 1947, a Inglaterra "abre mão" e passa para a ONU a responsabilidade para resolver a questão. A solução encontrada foi a seguinte: a criação de dois Estados, um judeu e outro árabe. Os judeus (que tinham uma população de 700 mil pessoas) ficaria com 53% do território e os árabes (que eram representavam por 1 milhão e 400 mil pessoas) com os outros 47%. É claro que os palestinos e a Liga Árabe foram contrários à solução proposta pela ONU. Apesar de não ser aceita pelos árabes, o Estado de Israel foi fundado em 1948.
A partir da criação de Israel, o que houve desde então foram conflitos na tentativa de tomada de território de ambos os lados.
Abaixo, um vídeo que encontrei na Internet e que conta / explica bem um pouco da história sobre toda a situação em que esta região do mundo se encontra:
Mãe vaidosa. Prepara-se com seus perfumes, flores e jóias. Seu canto é tão bonito quanto o seu povo que sempre lutou (e ainda luta) para ter sua voz seja escutada e respeitada. Voz de tanta tradição e respeito que deveria fazer qualquer sujeito se curvar e reverenciar tanta tradição.
Seu balé é cheio de gracioso e tão solene que quase dá pra se afogar de tanta beleza e pureza.
A mais de 90 anos seus filhos e muitos convidados colorem de azul e branco um Rio tão vermelho quanto o coração de todos os seus admiradores e seguidores.
Como tudo na Bahia, o sagrado e o profano são mais que vizinhos, amigos. Eles se confundem. E como toda mãe, ela gosta ver seus filhos festejando depois de suas obrigações.
Odó Iyà Iemanjá.
Diferentemente dos post
anteriores nos quais eu tento passar algum conteúdo (dê uma passadinha lá e
indique a algum amigo, familiar, qualquer um e deixe um comentário; desde já agradeço)
vai ser mais um texto reflexivo.
Como todos sabem, o
transporte público em todo o Brasil é de qualidade bem discutível (devo fazer
um post sobre o assunto, mas não ao caso agora). Entretanto, acabamos entrando
em contato com outras pessoas de realidades diferentes da nossa, mesmo morando na
mesma cidade. Diferença de idade,
orientação religiosa, orientação sexual, realidade econômica diferente. Além
disto, acabamos, muitas vezes sem querer, ouvindo a conversa daqueles que, como
eu e/ou você, estamos lá presentes.
Nesta semana, eu estava
em um ônibus. Aconteceu o que falei agora a pouco: percebi que um idoso ia
conversando com o cobrador. Não ia prestando muita atenção na conversa. Até que
o senhor falou uma frase que me chamou atenção. “O povo pensa que é malandro,
mas é otário”. A conversa se estendeu com o senhor explicando sua posição da
qual eu discordo e confesso que não lembro no momento (e acabei não entrando na
conversa). Mas sua frase acabou ficando.
Fiquei pensando nela
até escrever este post. E realmente, nós (brasileiros) achamos que somos
malandros, espertos que nosso jeitinho vai nos livrar ou que basta para
levarmos a vida. Mas não é nada disso. Somos verdadeiramente uns otários. Muitos
se acham sabidos e dão seu jeito, se enrolam mais na maioria das vezes e acabam
prejudicando aqueles que querem simplesmente viver de forma correta.
Jeitinho
x Criatividade
Sinceramente, acho que
somos um povo muito criativo. Quando nossa criatividade é usada para coisas
boas vemos verdadeiros ícones de nossa cultura. Pelé, Zico e Marta no futebol;
Oscar, Hortência e Paula no basquete; Caetano Veloso, Elis Reina na música; o
casal Jorge Amado e Zélia Gattai na literatura. Falta espaço aqui neste blog
para falar de todos aqueles que, com sua engenhosidade/originalidade, fizeram e
fazem parte da história do Brasil.
Infelizmente, essa
criatividade não é usada apenas para o lado bom. Pelo lado ruim também. Usamos
essa criatividade para benefício próprio e acabamos prejudicando terceiros. Vai
desde as menores coisas (furar fila, pessoas não idosas parando em vagas para
idosos, colar em prova, etc.) e indo até casos mais complexos (desvios de
dinheiro público para benefício próprio).
Sim! A corrupção é o
jeitinho brasileiro sendo executado. Quando um político nos rouba milhões, ele
está fazendo a mesma coisa que você que quando para na vaga de deficiente sem
ser um. É claro que a atitude do político está em uma escala muito maior. (o
que também não inocenta em nada nossos pequenos casos de violação da lei). Antes
que alguém possa achar que me considero um cidadão “limpo” ou até hipócrita,
confesso que também cometo meus “deslizes éticos”. Muito por isso vivemos na situação
em que nos encontramos e temos os políticos que temos. Enfim. Espero que você tenha
compreendido essa minha “viagem”. O que nos resta fazer? Ser menos o malandro e
mais o criativo. Farei minha parte. E você?
Vai fazer a sua?
Vou começar com este post iniciar aqui no blog
o “De onde vem/ como surgiu”. Será uma “serie” com temas não tão sérios. Algo parecido
com o que fiz com o post de John Lennon. Pela proximidade da data, começarei
com Réveillon.
Origem da palavra
A palavra réveillon tem sua
origem francesa. Vem do verbo reveiller que significa acordar, despertar. A palavra
era usada para se referir a uma pequena refeição feita durante a noite na
companhia de alguém. No século XVII, a palavra tomou um sentido de divertimento
que se faz (ou fazia) na França após a missa ou datas importantes depois da
meia noite.
Origem da festa
O réveillon, ou ano novo, é
celebrado há muito tempo. No ocidente, as comemorações tiveram início na Roma
Antiga no período de Júlio César que decretou o dia 1° de Janeiro como data para
festejar o fim de um ano e o despertar do novo ano. No oriente, a China é a
referência. O país também comemora a virada do ano. Neste país, segue o zodíaco
chinês que é baseado no ciclo lunar o qual tem uma duração de 60 anos, cada
simbolizada por um animal.
Inicialmente, o ano novo era
festejado no dia 25 de Março que marcava a chegada da primavera no hemisfério
norte. A festa acabou se transferindo para o dia 1° de Abril. A última mudança foi com o papa Gregório XIII
que definiu o dia 1° de Janeiro como o primeiro dia do ano. Entretanto, houve resistência
na mudança da data, principalmente na França onde resolveram manter a tradição.
Até cair de vez no gosto das pessoas
No Brasil, a festa de réveillon começou
durante o período de Dom Pedro II que foi logo copiado pela elite de todo o
país. Aos poucos foi incorporado o tradicional jantar feito na França, mas com
toques brasileiros (é claro).
Algumas tradições
Nas comemorações da virada do fim
de ano, são seguidos alguns rituais, tradições na tentativa de trazer paz,
sorte, dinheiro, etc. A mais tradicional delas é vestir roupa branca. A origem
desta tradição é da África onde existem algumas tribos que usam branco para
atrair paz e purificação espiritual e homenagear Yemanjá. As sete ondas também tem
relação com o orixá. Fazendo isto, acredita-se que Yemanjá lhe ajudará em
momentos de dificuldade.
O jantar de réveillon
também tem suas simbologias. A lentilha é super comum nas mesas para trazer
fartura no ano que está chegando (não trazer dinheiro como muitos pensam, até me
na hora de fazer a pesquisa para escrever este texto) assim como frutas
cristalizadas uva e avelã. Para os supersticiosos, comer aves (frango, peru)
pode trazer atraso na vida.
Etnologicamente
laico vem do grego que significa “do povo”.
O que ou quem não pertence a alguma religião. Está ligada a vida
secular/ mundana e não ligadas a vida religiosa. Um Estado laico, também
chamado de Estado secular, é um país ou nação que se posiciona de forma neutra
com relação à religião, imparcialidade quanto a temas religiosos. Um Estado
laico assegura liberdade religiosa de seus cidadãos. O país laico segue o
caminho do laicismo, ausência de qualquer obrigação religiosa.
Um
Estado Laico não é um irreligioso ou um “Estado ateu” (estado que não permiti
qualquer prática religiosa de seus cidadãos e que estes cultos devem ser
combatidos; um exemplo de estado ateu foi à antiga União Soviética). Deixarei um post do Ives Martins em sua coluna na “Folha
de São Paulo” que fala sobre o Estado laico estado ateu.
Durante
a história da humanidade, a mistura entre religião e poder administrativo às
vezes acabava em tirania, opressão. A própria período da Idade Média foi um bom
exemplo de como a união entre religião e política não deu certo. No período,
todos aqueles que não aceitavam a doutrinação da igreja católica eram hereges, pagão
chegando a pagar com a própria vida por isso.
No
início da Era Moderna e fim da Idade Média, muitas revoluções acontecem e novos
modelos de sociedade aparecem. Uma sociedade com direitos coletivos e
individuais. Nessa época, surgem as primeiras Constituições, quando há o começo
da separação entre religião e política. A Revolução Francesa foi um marco para
a construção de um novo modelo de sociedade ocidental com a retirada de privilégios
da então monarquia e Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão.
Liberdade
Religiosa
É o direito que uma pessoa tem em escolher a religião que
quiser ou ser ateu ou agnóstico e poder demonstrar sua orientação religiosa
como lhe convém. A ideia da liberdade religiosa vem após a Revolução Francesa quando
começou a ser separados o poder político e a Igreja.
No Brasil, a Igreja Católica tinha grande influencia no período
colonial. Tinha uma serie de benefícios com o aval da coroa portuguesa. No
Brasil Império, começou a ter um princípio de liberdade religiosa (era permitido
ter outras crenças, mas a proibição ao culto). O catolicismo era a religião
oficial. O culto a outras religiões somente era permitido no ambiente doméstico.
Em 1946, enfim nasce a liberdade ao culto quando foi feita uma feita a Constituição
da época feita pelo escritor Jorge Amado, então deputado federal pelo PCB. Enfim, a liberdade religiosa e ao culto foi
mantida na atual constituição.
Vou deixar nas fontes o link da ONG “Liberdade Religiosa” que
concentra suas atenções na preservação desse direito que temos hoje. Também vou
deixar o link do Projeto de Lei que fala sobre a Liberdade Religiosa.
É importante ressaltar (e você que está lendo já deve ter
percebido) que Estado Laico e Liberdade não são a mesma coisa. A laicidade de
uma nação ou país pretende não misturar religião e política, não favorece
nenhuma crença. A Liberdade Religiosa garante que qualquer cidadão seja livre
para seguir sua orientação religiosa (seguir a doutrinação religiosa que quiser
ou não seguir nenhuma). O Estado Laico acaba assegurando a Liberdade Religiosa
pelo fato de não existir uma religião oficial.
Teocracia
A palavra “teocracia” significa “governo de Deus” ou “governo
divino”. É um Estado que segue as regras, dogmas de uma determinada religião. Nesta
condição, há uma religião oficial ou privilégios a um grupo religioso (econômico
ou político ou judicial) e proíbe qualquer a manifestação de qualquer outra
religião. Todas as decisões a serem tomadas de qualquer natureza são baseadas através
das doutrinas adotadas pela religião oficial. Os líderes religiosos também são políticos
ou estão direta ou indiretamente com o clero.
Atualmente temos três exemplos de Estados Teocráticos: o
Vaticano (Igreja Católica), Irã (Islã), Israel (Estado Judeu). Também é possível
encontrar exemplos na história. No Egito Antigo, os faraós eram vistos como
filhos do deus Amon-Rá e governavam o império. Outro povo que cultivava uma
teocracia eram os hebreus. Seus líderes políticos “dialogavam” com seu deus
Iawen.
Brasil
é um Estado Laico?
Como foi dito anteriormente, no Brasil a Igreja tinha muito
poder nas épocas imperial e colonial. Esta gozava de privilégios graças a sua ligação
com a coroa. A partir do Republicanismo que houve a separação entre Estado e
Igreja. Em 1890, Ruy Barbosa redigiu o marco dessa separação, o Decreto 119-A
que dizia:
Art. 1º É proibido á
autoridade federal, assim como á dos Estados federados, expedir leis,
regulamentos, ou atos administrativos, estabelecendo alguma religião, ou
vedando-a, e criar diferenças entre os habitantes do país, ou nos serviços
sustentados á custa do orçamento, por motivo de crenças, ou opiniões filosóficas
ou religiosas.
Art.
2º a todas as confissões religiosas pertence por igual à faculdade de exercerem
o seu culto, regerem-se segundo a sua fé e não serem contrariadas nos atos
particulares ou públicos, que interessem o exercício deste decreto.
Art.
3º A liberdade aqui instituída abrange não só os indivíduos nos atos
individuais, senão também as igrejas, associações e institutos em que se
acharem agremiados; cabendo a todos o pleno direito de se constituírem e
viverem coletivamente, segundo o seu credo e a sua disciplina, sem intervenção
do poder publico.
Art.
4º Fica extinto o padroado com todas as suas instituições, recursos e prerrogativas.
Art.
5º A todas as igrejas e confissões religiosas se reconhece a personalidade jurídica,
para adquirirem bens e os administrarem, sob os limites postos pelas leis
concernentes á propriedade de mão-morta, mantendo-se a cada uma o domínio de
seus haveres atuais, bem como dos seus edifícios de culto.
Art.
6º O Governo Federal continua a prover á côngrua, sustentação dos atuais
serventuários do culto católico e subvencionará por ano as cadeiras dos
seminários; ficando livre a cada Estado o arbítrio de manter os futuros
ministros desse ou de outro culto, sem contravenção do disposto nos artigos
antecedentes.
Art.
7º Revogam-se as disposições em contrario.
Tal decreto foi respeitado e, de alguma forma, adaptado nas constituições
que tivemos na história do país. Apesar desta separação entre Estado e religião
e de nós brasileiros termos a liberdade de ter a religião que quiser poder
cultua-la e até não ter religião alguma, o Brasil sempre foi considerado um
pais católico. A maioria de nossa população segue o catolicismo. Entretanto,
isso vem mudando ao passar do tempo. É possível notar o crescimento do numero
de fieis em outras religiões (espíritas e evangélicos) e daqueles que não tem uma
religião.
Apesar de está garantido a laicidade do estado brasileiro e a
liberdade religiosa, é possível observar o não cumprimento de toda esta
liberdade e diversidade religiosa. Podemos ver o “Deus seja louvado” em nossa cédulas,
alguns símbolos religiosos como crucifixos em espaços públicos. Vou deixar
alguns links que considerei que discutem bem isso.
É fundamental que tenhamos nossas individualidades garantidas. Nossa
liberdade à crença não deve ser diferente. Não adianta apenas ter garantidos em
leis, é preciso por em prática. Abaixo, um vídeo que faz uma reflexão sobre o assunto:
Não
precisa um beatlemaníaco para reconhecer a genialidade dele. Mesmo que não
goste de sua musica (algo difícil de acontecer) tem que concordar que ele fez
parte de uma das bandas que revolucionaram não só a musica, mas também o
comportamento dos jovens de sua época. Há
35 anos, morri JohnWinstonLennon,
uma verdadeira lenda da música
mundial. Que a data de hoje se celebração de uma das mais belas obras da
historia da musica.
Vida
Johnnasceu no dia 9 de outubro de 1940 na cidade de
Liverpool, em plena Segunda Guerra Mundial. Filho do marinheiro com uma dona de
casa. Seu pai passavam longas temporadas foram de casa, trabalhando. Sem
condições, sua mãe lhe entregou para que sua irmã e cunhado criassem o pequeno
John. Sua infância foi tumultuada. Pouco depois, seus pais se separaram.
Aos seis anos, já cantava na igreja que
frequentava. Na escola, já apresentava um talento para as artes, mais
especificamente, para a música. Com 18 anos, perdeu sua mãe (morreu
atropelada). Na mesma época, casou-se com Cynthia Powell. O casamento durou quatro anos e tiveram um filho,
Julian Lennon.
Sua primeira banda chamava-se The
Quarry Men, 1955. Dois anos após a formação da banda, Paul McCartney entra para a banda. A partir daí, há o começo
da formação de uma das bandas mais influentes da história da música.
Em 1966, John conheceu a artista plástica Yoko
Ono e se separou de Cynthia para ficar com Yoko. Em 1971, o casal se muda para
New York. Na época, o casal teve uma vida bastante ativa. Principalmente na
área política. Seu ativismo político levantou suspeita até da FBI por abrigar
uma serie de ativistas e fortes criticas à política do então presidente Nixon.
Em 1973, John e Yoko se separam. Ele se mudou
para Los Angeles e se relacionou com a assistente May Pang. Nesse momento, John
abusou do álcool o que o levava a uma serie de confusões. Lennon nunca perdeu o
contato com Yoko e, após 14 meses do rompimento, eles reataram. Em 1975, nasce
Sean Lennon dando a John o Green Card. Após o nascimento do filho, John passou
um tempo de reclusão (cuidando do filho) enquanto Yoko cuidava dos negócios da
família. Em 1980, ele retoma sua carreira. Isso até sua prematura morte, aos 40
anos.
The
Beatles
É difícil falar de John Lennon sem falar dos
Beatles. O oposto também é válido. Tudo começou com a banda formada pelo Lennon
e alguns colegas de escola The Quarry Men. Com seu convite, Paul McCartney passou a
integrar o grupo. Anos depois, Paul chamou seu amigo George Harrison, enquanto Lennon chamou
para a bateria Stu Sutcliffe para tocar baixo. Em 1960, Ringo Starr assumi a
bateria no lugar Pete Best. A formação em
1961 contava com Lennon, McCartney, Harrison, Starr e Sutcliffe (que morreu em 1961 graças
a uma hemorragia).
Em agosto de 1962, a formação que ficou famosa Lennon, McCartney,
Starr e Harrison. O nome da banda veio do trocadilho "beetles"
(besouros) e "beat" (batida ou compasso ritmado). A vida dos quatro
meninos de Liverpool mudou quando o produtor George Martin ouviu a banda no pub
The Cavern. Martin foi responsável pela maior parte dos álbuns dos Beatles. A
banda era revolucionária para a época o que conquistou rapidamente os jovens da
época. Em 1962, lançaram o primeiro disco (Love Me Do) e o último foi o “Let It
Be” em 1970 quando Lennon resolveu seguir carreira solo com Yoko. Os Beatles
lançaram oficialmente 13 LP’s e 22 compactos. O sucesso foi tanto que, em 1965, receberam
da rainha Elizabeth II medalhas da Ordem do Império Britânico
Morte
John estava há cinco anos sem lançar nenhum
material inédito. Ate que lançou o Double Fantasy. Voltou a rotina de entrevistas, sessões de fotos, eventos
públicos. Ele costumava falar com os fãs que o aguardavam na porta do seu
prédio. O então ex-beatle também gosta da cidade. Era comum ver John andando
pelas imediações de onde morava.
No dia 8 de dezembro de 1980, Lennon e Yoko
foram à RKO Radio Network para dar uma entrevista. Foi
lá que John ficou cara a cara com seu assassino, Mark David Chapman. Ele se
aproximou do carro para pegar um autografo do músico. Às 22 horas, o casal saiu
do estúdio. Chegando a casa, o casal foi surpreendido por Mark que disparou cinco
vezes contra John fazendo-o perder 80% do sangue. O corpo foi cremado e suas
cinzas guardadas com Yoko.
Chapman não chegou a fugir da cena do crime. Ele era autista
e fazia uso de drogas. Ele foi julgado e condenado à prisão perpétua. Desde
2000 tenta a liberdade condicional, foi negada por oito vezes. Após a morte de
Lennon foi inaugurado um memorial em sua homenagem no Central Park, em frente
ao prédio em que viveu os últimos anos de sua vida.