terça-feira, 1 de março de 2016

NÃO HÁ UM ÚNICO CULPADO

Infelizmente, o Brasil é conhecido (e com alguma justiça) por ser um país muito corrupto. Já até cheguei a comentar e um post (clique aqui) falando um pouco de como a corrupção está tão presente em nosso cotidiano, como o brasileiro é um povo criativo e acaba usando essa criatividade para a "tirar vantagem", para usar em benefício próprio, para ser corrupto.
A política é um reflexo da população de seu país. Nada mais natural em ver um povo corrupto ser governado por políticos corruptos. Sabemos muito bem como isso acontece no Brasil. O pior não é apenas a própria corrupção, é impunidade. Segundo o site "Congresso em Foco", apenas 0,1% dos presos do país  foram acusados de corrupção (clique aqui para ver mais sobre). O que me parece muito pouco para o excessivo número de casos de qualquer tipo de irregularidade tanto de políticos quanto de pessoas ligadas a eles.   
Só para se ter uma ideia de como a corrupção é danosa ao Brasil,  a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) fez um estudo em 2012 e chegou a conclusão que entre 1,38% e 2,3% do PIB são perdidos com a corrupção no país. Como naquele ano o PIB ficou em 4,4 bilhões de reais, estima-se que foram perdidos entre 61,7 bilhões e 101,2 bilhões de reais. (clique aqui para ver mais sobre).
O mais novo caso de corrupção é investigada pela operação conhecida por "Lava-Jato". A operação começou a investigar uma rede de doleiros em diversos Estados e acabou descobrindo uma grande esquema de corrupção na Petrobras, envolvendo políticos de vários partidos políticos (clique aqui para ver mais sobre). É a investigação em combate à corrupção país. O PT está no centro das atenções por ter um número grande de politicos filiados ao partidos. Além de ser o partido da atual presidente Dilma que tem seu mandato muito questionado (em especial, o segundo quando estourou uma crise em vários setores da economia).
Bem... Pelo que foi dito e por outras razões (que qualquer rápida pesquisa possa servir de suporte) o PT vem sendo alvo de justas críticas. Grande parte dos veículos de comunicação e da sociedade estão colocando o Partido dos Trabalhadores como principal  vilão de todos (ou de boa parte) os males do país. Sabemos que o o partido só assumiu o poder em 2002 com Lula. Também temos conhecimento que a corrupção no país existe a muito mais tempo que esse 14 anos petistas. Então, por que só o PT que sofre tantos ataques enquanto os demais partidos passam quase despercebidos? Não estou querendo inocentar o PT, longe disso. O ponto é o seguinte: o PT não é "O Problema", é uma parte dele.
Não são apenas os politicos petistas que são corruptos, que envolvidos em escandalos, que são verdadeiras pragas para o Brasil.  

domingo, 14 de fevereiro de 2016

CASO PALESTINA E ISRAEL



Nesta semana, vi uma notícia, no mínimo, absurda. Em Jerusalém, o grupo ultranacionalista Lehava realiza "patrulhas" para que israelenses e árabes não mantenham qualquer tipo de relação. Apesar de serem constantemente acusados de serem racistas e violentos, o grupo argumenta tentar defender um "identidade judaica"(vou deixar o link da notícia lá nas "Fontes", onde tem um vídeo com depoimento de alguns integrantes do grupo) .  A muito tempo que a relação entre israelenses e árabes (palestinos em especial) é bastante hostil. Vamos tentar entender como tudo começou. 

Uma breve história do conflito

O Judaísmo acredita que a atual área de Israel é a terra prometida, a terra santa, prometida por Deus.
Esta mesma região, foi ocupada por muitos povos. No ano 70 d.C., os Romanos começaram a cobrar altos tributos aos judeus que lá viviam, o que gerou (é claro!) muita insatisfação. Até que, por volta do ano de 132 d.C., acabou estourando a revolta do Bar Kokhba (movimento nacionalista de independência). Motivos religiosos foram somados aos atritos políticos que já existiam romanos e judeus. O que acabou acontecendo foi um despovoamento das comunidades judaicas que lá viviam. Quem viva nestas localidades acabaram indo para diversos locais do mundo.
Antes de continuar,  preciso explicar um pouco o que é o Sionismo. O termo vem graças à colina de Sion a qual fica em Jerusalém. A ideia foi idealizada por Theodor Herz que, com ideais nacionalistas, diz que os judeus deveriam ter um Estado próprio, um lugar que eles pudessem ser fortes. Ele chegou a escrever o livro "Estado Judeu". A ideia de Herz foi o principal "motivo" para a criação do Estado de Israel.
Até que, em 1897, após o primeiro encontro sionista, decidiram  voltar para a Terra Prometida. Só tinha um detalhe: aquela região estava ocupada pelo Império Otomano (abaixo, um link falando um pouco sobre o Império Otomano) onde viviam 500 mil árabes. Antes da Primeira Guerra Mundial, 60 mil judeus já viviam na atual Palestina. Após o fim da Primeira Guerra, o Império Otomano foi divido entre  os país "vencedores" da guerra. Esta região ficou sobre domínio britânico. Nesta época pós primeira guerra, a Inglaterra já tinha recebido algumas sugestões sionistas (a criação de um Estado judeu). Uma destas sugestões foi a Declaração de Balfour, do então secretário dos Assuntos Estrangeiros, Arthur James Balfour, direcionada à Federação Sionista britânica que se refere na intenção do governo inglês em facilitar a criação de Estado Judeu na região. Isto (é claro) criou uma insatisfação da comunidade muçulmana. Até que França e Reino Unido concordam em promover e apoiar a criação de governos democráticos na região onde era o Império Otomano (território que ficou sobre o controle dos dois países após a Primeira Guerra Mundial) com a Declaração Anglo-Francesa.
Enquanto isso, o número de judeus na região só aumentava. Até que, em 1920, os judeus criaram um grupo paramilitar (Hanagah). Grupo este que servia para autodefesa dos judeus e para atacar os árabes que viviam na região. Nesse contexto, o Partido Nazista chegava ao poder na Alemanha. Parte do discurso do Partido colocava culpa nos judeus pela derrota alemã na Primeira Guerra. A partir deste discurso de ódio ao judeus (e de outras minorias), começou uma perseguição aos judeus por parte dos nazistas. Episódio que ficou conhecido como Holocausto (vou deixar links abaixo falando um pouco sobre isto). Nesse contexto de holocausto e com a Segunda Guerra Mundial acontecendo, a ida de judeus para a região onde está Israel se intensificou.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, foi fundada a ONU (Organização das Nações Unidas). A ONU tem como objetivo garantir a paz mundial. Logo de cara, viu como a questão judaica no Oriente Médio como uma de suas prioridades e pressionava a Inglaterra, que estava a frente da situação até então, para  solucionar o caso. Em 1947, a Inglaterra "abre mão" e passa para a ONU a responsabilidade para resolver a questão. A solução encontrada foi a seguinte: a criação de dois Estados, um judeu e outro árabe. Os judeus (que tinham uma população de 700 mil pessoas) ficaria com 53% do território e os árabes (que eram representavam por 1 milhão e 400 mil pessoas) com os outros 47%. É claro que os palestinos e a Liga Árabe foram contrários  à solução proposta pela ONU. Apesar de não ser aceita pelos árabes, o Estado de Israel foi fundado em 1948.
A partir da criação de Israel, o que houve desde então foram conflitos na tentativa de tomada de território de ambos os lados.
Abaixo, um vídeo que encontrei na Internet e que conta / explica bem um pouco da história sobre toda a situação em que esta região do mundo se encontra:





Fontes :

 1) Notícia sobre o grupo Lehava:
*http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2016/02/11/nao-queremos-arabes-com-nossas-garotas-judias-a-polemica-patrulha-nacionalista-que-age-nas-ruas-de-jerusalem.htm 

2) Revolta Bar Kokhba:
*https://en.wikipedia.org/wiki/Bar_Kokhba_revolt#Timeline_of_events

3) Sionismo:
*http://www.infoescola.com/historia/sionismo/

4) Império Otomano:
*http://historiadomundo.uol.com.br/turca/imperio-otomano.htm

5) Declaração de Balfour:
*https://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_de_Balfour

6) Declaração Anglo-Francesa:
*https://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_Anglo-Francesa

7) Outros texto sobre o assunto:
*http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/08/140730_gaza_entenda_gf_lk
*http://educacao.globo.com/geografia/assunto/atualidades/conflito-entre-israel-e-palestina.html
*http://www.curso-objetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/questao_palestina.aspx
*http://noticias.terra.com.br/mundo/oriente-medio/resolucoes-adotadas-pela-onu-no-conflito-palestino-israelense,4b5a37ab6daea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html
*https://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_da_ONU_para_a_partilha_da_Palestina_de_1947
*http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/07/g1-explica-o-que-e-israel-e-palestina.html
*http://alunosonline.uol.com.br/geografia/israel-x-palestina.html

8) Holocausto
*http://www.infoescola.com/historia/holocausto/

9) ONU:
*http://www.infoescola.com/geografia/organizacao-das-nacoes-unidas-onu/
*http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/criacao-onu-apos-ii-guerra-mundial.htm

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Odó Iyà Iemanjá

Mãe vaidosa. Prepara-se com seus perfumes, flores e jóias. Seu canto é tão bonito quanto o seu povo que sempre lutou (e ainda luta) para ter sua voz seja escutada e respeitada. Voz de tanta tradição e respeito que deveria fazer qualquer sujeito se curvar e reverenciar tanta tradição.
Seu balé é cheio de gracioso e tão solene que quase dá pra se afogar de tanta beleza e pureza.
A mais de 90 anos seus filhos e muitos convidados colorem de azul e branco um Rio tão vermelho quanto o coração de todos os seus admiradores e seguidores.
Como tudo na Bahia, o sagrado e o profano são mais que vizinhos, amigos. Eles se confundem. E como toda mãe, ela gosta ver seus filhos festejando depois de suas obrigações.
Odó Iyà Iemanjá.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

No ônibus, o jeitinho e o otário.


  Diferentemente dos post anteriores nos quais eu tento passar algum conteúdo (dê uma passadinha lá e indique a algum amigo, familiar, qualquer um e deixe um comentário; desde já agradeço) vai ser mais um texto reflexivo.
  Como todos sabem, o transporte público em todo o Brasil é de qualidade bem discutível (devo fazer um post sobre o assunto, mas não ao caso agora). Entretanto, acabamos entrando em contato com outras pessoas de realidades diferentes da nossa, mesmo morando na mesma cidade.  Diferença de idade, orientação religiosa, orientação sexual, realidade econômica diferente. Além disto, acabamos, muitas vezes sem querer, ouvindo a conversa daqueles que, como eu e/ou você, estamos lá presentes.
Nesta semana, eu estava em um ônibus. Aconteceu o que falei agora a pouco: percebi que um idoso ia conversando com o cobrador. Não ia prestando muita atenção na conversa. Até que o senhor falou uma frase que me chamou atenção. “O povo pensa que é malandro, mas é otário”. A conversa se estendeu com o senhor explicando sua posição da qual eu discordo e confesso que não lembro no momento (e acabei não entrando na conversa). Mas sua frase acabou ficando.
  Fiquei pensando nela até escrever este post. E realmente, nós (brasileiros) achamos que somos malandros, espertos que nosso jeitinho vai nos livrar ou que basta para levarmos a vida. Mas não é nada disso. Somos verdadeiramente uns otários. Muitos se acham sabidos e dão seu jeito, se enrolam mais na maioria das vezes e acabam prejudicando aqueles que querem simplesmente viver de forma correta.

Jeitinho x Criatividade

 Sinceramente, acho que somos um povo muito criativo. Quando nossa criatividade é usada para coisas boas vemos verdadeiros ícones de nossa cultura. Pelé, Zico e Marta no futebol; Oscar, Hortência e Paula no basquete; Caetano Veloso, Elis Reina na música; o casal Jorge Amado e Zélia Gattai na literatura. Falta espaço aqui neste blog para falar de todos aqueles que, com sua engenhosidade/originalidade, fizeram e fazem parte da história do Brasil.
  Infelizmente, essa criatividade não é usada apenas para o lado bom. Pelo lado ruim também. Usamos essa criatividade para benefício próprio e acabamos prejudicando terceiros. Vai desde as menores coisas (furar fila, pessoas não idosas parando em vagas para idosos, colar em prova, etc.) e indo até casos mais complexos (desvios de dinheiro público para benefício próprio).
  Sim! A corrupção é o jeitinho brasileiro sendo executado. Quando um político nos rouba milhões, ele está fazendo a mesma coisa que você que quando para na vaga de deficiente sem ser um. É claro que a atitude do político está em uma escala muito maior. (o que também não inocenta em nada nossos pequenos casos de violação da lei). Antes que alguém possa achar que me considero um cidadão “limpo” ou até hipócrita, confesso que também cometo meus “deslizes éticos”. Muito por isso vivemos na situação em que nos encontramos e temos os políticos que temos. Enfim. Espero que você tenha compreendido essa minha “viagem”. O que nos resta fazer? Ser menos o malandro e mais o criativo.  Farei minha parte. E você? Vai fazer a sua?


 

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

DE ONDE VEM / COMO SURGIU: RÉVEILLON

 Vou começar com este post iniciar aqui no blog o “De onde vem/ como surgiu”. Será uma “serie” com temas não tão sérios. Algo parecido com o que fiz com o post de John Lennon. Pela proximidade da data, começarei com Réveillon.

Origem da palavra
A palavra réveillon tem sua origem francesa. Vem do verbo reveiller que significa acordar, despertar. A palavra era usada para se referir a uma pequena refeição feita durante a noite na companhia de alguém. No século XVII, a palavra tomou um sentido de divertimento que se faz (ou fazia) na França após a missa ou datas importantes depois da meia noite.

Origem da festa
O réveillon, ou ano novo, é celebrado há muito tempo. No ocidente, as comemorações tiveram início na Roma Antiga no período de Júlio César que decretou o dia 1° de Janeiro como data para festejar o fim de um ano e o despertar do novo ano. No oriente, a China é a referência. O país também comemora a virada do ano. Neste país, segue o zodíaco chinês que é baseado no ciclo lunar o qual tem uma duração de 60 anos, cada simbolizada por um animal.
Inicialmente, o ano novo era festejado no dia 25 de Março que marcava a chegada da primavera no hemisfério norte. A festa acabou se transferindo para o dia 1° de Abril.  A última mudança foi com o papa Gregório XIII que definiu o dia 1° de Janeiro como o primeiro dia do ano. Entretanto, houve resistência na mudança da data, principalmente na França onde resolveram manter a tradição. Até cair de vez no gosto das pessoas
No Brasil, a festa de réveillon começou durante o período de Dom Pedro II que foi logo copiado pela elite de todo o país. Aos poucos foi incorporado o tradicional jantar feito na França, mas com toques brasileiros (é claro).

Algumas tradições
Nas comemorações da virada do fim de ano, são seguidos alguns rituais, tradições na tentativa de trazer paz, sorte, dinheiro, etc. A mais tradicional delas é vestir roupa branca. A origem desta tradição é da África onde existem algumas tribos que usam branco para atrair paz e purificação espiritual e homenagear Yemanjá. As sete ondas também tem relação com o orixá. Fazendo isto, acredita-se que Yemanjá lhe ajudará em momentos de dificuldade.
O jantar de réveillon também tem suas simbologias. A lentilha é super comum nas mesas para trazer fartura no ano que está chegando (não trazer dinheiro como muitos pensam, até me na hora de fazer a pesquisa para escrever este texto) assim como frutas cristalizadas uva e avelã. Para os supersticiosos, comer aves (frango, peru) pode trazer atraso na vida.


Fontes

sábado, 19 de dezembro de 2015

ESTADO LAICO, LIBERDADE RELIGIOSA, TEOCRACIA


Estado Laico
  Etnologicamente laico vem do grego que significa “do povo”.  O que ou quem não pertence a alguma religião. Está ligada a vida secular/ mundana e não ligadas a vida religiosa. Um Estado laico, também chamado de Estado secular, é um país ou nação que se posiciona de forma neutra com relação à religião, imparcialidade quanto a temas religiosos. Um Estado laico assegura liberdade religiosa de seus cidadãos. O país laico segue o caminho do laicismo, ausência de qualquer obrigação religiosa.  
  Um Estado Laico não é um irreligioso ou um “Estado ateu” (estado que não permiti qualquer prática religiosa de seus cidadãos e que estes cultos devem ser combatidos; um exemplo de estado ateu foi à antiga União Soviética). Deixarei um post do Ives Martins em sua coluna na “Folha de São Paulo” que fala sobre o Estado laico estado ateu.
  Durante a história da humanidade, a mistura entre religião e poder administrativo às vezes acabava em tirania, opressão. A própria período da Idade Média foi um bom exemplo de como a união entre religião e política não deu certo. No período, todos aqueles que não aceitavam a doutrinação da igreja católica eram hereges, pagão chegando a pagar com a própria vida por isso.
  No início da Era Moderna e fim da Idade Média, muitas revoluções acontecem e novos modelos de sociedade aparecem. Uma sociedade com direitos coletivos e individuais. Nessa época, surgem as primeiras Constituições, quando há o começo da separação entre religião e política. A Revolução Francesa foi um marco para a construção de um novo modelo de sociedade ocidental com a retirada de privilégios da então monarquia e Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.


Liberdade Religiosa
  É o direito que uma pessoa tem em escolher a religião que quiser ou ser ateu ou agnóstico e poder demonstrar sua orientação religiosa como lhe convém. A ideia da liberdade religiosa vem após a Revolução Francesa quando começou a ser separados o poder político e a Igreja.
  No Brasil, a Igreja Católica tinha grande influencia no período colonial. Tinha uma serie de benefícios com o aval da coroa portuguesa. No Brasil Império, começou a ter um princípio de liberdade religiosa (era permitido ter outras crenças, mas a proibição ao culto). O catolicismo era a religião oficial. O culto a outras religiões somente era permitido no ambiente doméstico. Em 1946, enfim nasce a liberdade ao culto quando foi feita uma feita a Constituição da época feita pelo escritor Jorge Amado, então deputado federal pelo PCB.  Enfim, a liberdade religiosa e ao culto foi mantida na atual constituição.
  Vou deixar nas fontes o link da ONG “Liberdade Religiosa” que concentra suas atenções na preservação desse direito que temos hoje. Também vou deixar o link do Projeto de Lei que fala sobre a Liberdade Religiosa.

  É importante ressaltar (e você que está lendo já deve ter percebido) que Estado Laico e Liberdade não são a mesma coisa. A laicidade de uma nação ou país pretende não misturar religião e política, não favorece nenhuma crença. A Liberdade Religiosa garante que qualquer cidadão seja livre para seguir sua orientação religiosa (seguir a doutrinação religiosa que quiser ou não seguir nenhuma). O Estado Laico acaba assegurando a Liberdade Religiosa pelo fato de não existir uma religião oficial.

Teocracia
  A palavra “teocracia” significa “governo de Deus” ou “governo divino”. É um Estado que segue as regras, dogmas de uma determinada religião. Nesta condição, há uma religião oficial ou privilégios a um grupo religioso (econômico ou político ou judicial) e proíbe qualquer a manifestação de qualquer outra religião. Todas as decisões a serem tomadas de qualquer natureza são baseadas através das doutrinas adotadas pela religião oficial. Os líderes religiosos também são políticos ou estão direta ou indiretamente com o clero.
Atualmente temos três exemplos de Estados Teocráticos: o Vaticano (Igreja Católica), Irã (Islã), Israel (Estado Judeu). Também é possível encontrar exemplos na história. No Egito Antigo, os faraós eram vistos como filhos do deus Amon-Rá e governavam o império. Outro povo que cultivava uma teocracia eram os hebreus. Seus líderes políticos “dialogavam” com seu deus Iawen.

Brasil é um Estado Laico?
  Como foi dito anteriormente, no Brasil a Igreja tinha muito poder nas épocas imperial e colonial. Esta gozava de privilégios graças a sua ligação com a coroa. A partir do Republicanismo que houve a separação entre Estado e Igreja. Em 1890, Ruy Barbosa redigiu o marco dessa separação, o Decreto 119-A que dizia:

Art. 1º É proibido á autoridade federal, assim como á dos Estados federados, expedir leis, regulamentos, ou atos administrativos, estabelecendo alguma religião, ou vedando-a, e criar diferenças entre os habitantes do país, ou nos serviços sustentados á custa do orçamento, por motivo de crenças, ou opiniões filosóficas ou religiosas.
Art. 2º a todas as confissões religiosas pertence por igual à faculdade de exercerem o seu culto, regerem-se segundo a sua fé e não serem contrariadas nos atos particulares ou públicos, que interessem o exercício deste decreto.
Art. 3º A liberdade aqui instituída abrange não só os indivíduos nos atos individuais, senão também as igrejas, associações e institutos em que se acharem agremiados; cabendo a todos o pleno direito de se constituírem e viverem coletivamente, segundo o seu credo e a sua disciplina, sem intervenção do poder publico.
Art. 4º Fica extinto o padroado com todas as suas instituições, recursos e prerrogativas.
Art. 5º A todas as igrejas e confissões religiosas se reconhece a personalidade jurídica, para adquirirem bens e os administrarem, sob os limites postos pelas leis concernentes á propriedade de mão-morta, mantendo-se a cada uma o domínio de seus haveres atuais, bem como dos seus edifícios de culto.
Art. 6º O Governo Federal continua a prover á côngrua, sustentação dos atuais serventuários do culto católico e subvencionará por ano as cadeiras dos seminários; ficando livre a cada Estado o arbítrio de manter os futuros ministros desse ou de outro culto, sem contravenção do disposto nos artigos antecedentes.
Art. 7º Revogam-se as disposições em contrario.
Tal decreto foi respeitado e, de alguma forma, adaptado nas constituições que tivemos na história do país. Apesar desta separação entre Estado e religião e de nós brasileiros termos a liberdade de ter a religião que quiser poder cultua-la e até não ter religião alguma, o Brasil sempre foi considerado um pais católico. A maioria de nossa população segue o catolicismo. Entretanto, isso vem mudando ao passar do tempo. É possível notar o crescimento do numero de fieis em outras religiões (espíritas e evangélicos) e daqueles que não tem uma religião.
Apesar de está garantido a laicidade do estado brasileiro e a liberdade religiosa, é possível observar o não cumprimento de toda esta liberdade e diversidade religiosa. Podemos ver o “Deus seja louvado” em nossa cédulas, alguns símbolos religiosos como crucifixos em espaços públicos. Vou deixar alguns links que considerei que discutem bem isso.

É fundamental que tenhamos nossas individualidades garantidas. Nossa liberdade à crença não deve ser diferente. Não adianta apenas ter garantidos em leis, é preciso por em prática. Abaixo, um vídeo que faz uma reflexão sobre o assunto:

Fontes:
11)    Estado laico, Laico:

22)    Coluna de Ives Martins na Folha:

33)    Liberdade Religiosa

44)    ONG “Liberdade Religiosa”

55)    Projeto de Lei que garante a Liberdade Religiosa
66)    Teocracia
77)    Laicidade no Brasil
88)    Links sobre laicidade no Brasil

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

NÃO ERA SÓ UM MENINO DE LIVERPOOL

 Não precisa um beatlemaníaco para reconhecer a genialidade dele. Mesmo que não goste de sua musica (algo difícil de acontecer) tem que concordar que ele fez parte de uma das bandas que revolucionaram não só a musica, mas também o comportamento dos jovens de sua época.  Há 35 anos, morri John Winston Lennon, uma verdadeira lenda da música mundial. Que a data de hoje se celebração de uma das mais belas obras da historia da musica.


Vida
John nasceu no dia 9 de outubro de 1940 na cidade de Liverpool, em plena Segunda Guerra Mundial. Filho do marinheiro com uma dona de casa. Seu pai passavam longas temporadas foram de casa, trabalhando. Sem condições, sua mãe lhe entregou para que sua irmã e cunhado criassem o pequeno John. Sua infância foi tumultuada. Pouco depois, seus pais se separaram.
Aos seis anos, já cantava na igreja que frequentava. Na escola, já apresentava um talento para as artes, mais especificamente, para a música. Com 18 anos, perdeu sua mãe (morreu atropelada). Na mesma época, casou-se com Cynthia Powell. O casamento durou quatro anos e tiveram um filho, Julian Lennon.
Sua primeira banda chamava-se The Quarry Men, 1955. Dois anos após a formação da banda,  Paul McCartney entra para a banda. A partir daí, há o começo da formação de uma das bandas mais influentes da história da música.
Em 1966, John conheceu a artista plástica Yoko Ono e se separou de Cynthia para ficar com Yoko. Em 1971, o casal se muda para New York. Na época, o casal teve uma vida bastante ativa. Principalmente na área política. Seu ativismo político levantou suspeita até da FBI por abrigar uma serie de ativistas e fortes criticas à política do então presidente Nixon.
Em 1973, John e Yoko se separam. Ele se mudou para Los Angeles e se relacionou com a assistente May Pang. Nesse momento, John abusou do álcool o que o levava a uma serie de confusões. Lennon nunca perdeu o contato com Yoko e, após 14 meses do rompimento, eles reataram. Em 1975, nasce Sean Lennon dando a John o Green Card. Após o nascimento do filho, John passou um tempo de reclusão (cuidando do filho) enquanto Yoko cuidava dos negócios da família. Em 1980, ele retoma sua carreira. Isso até sua prematura morte, aos 40 anos. 

The Beatles
É difícil falar de John Lennon sem falar dos Beatles. O oposto também é válido. Tudo começou com a banda formada pelo Lennon e alguns colegas de escola The Quarry Men. Com seu convite, Paul McCartney passou a integrar o grupo. Anos depois, Paul chamou seu amigo George Harrison, enquanto Lennon chamou para a bateria Stu Sutcliffe para tocar baixo. Em 1960, Ringo Starr assumi a bateria no lugar Pete Best. A formação em 1961 contava com Lennon, McCartney, Harrison, Starr e Sutcliffe (que morreu em 1961 graças a uma hemorragia).
Em agosto de 1962, a formação que ficou famosa Lennon, McCartney, Starr e Harrison. O nome da banda veio do trocadilho "beetles" (besouros) e "beat" (batida ou compasso ritmado). A vida dos quatro meninos de Liverpool mudou quando o produtor George Martin ouviu a banda no pub The Cavern. Martin foi responsável pela maior parte dos álbuns dos Beatles. A banda era revolucionária para a época o que conquistou rapidamente os jovens da época. Em 1962, lançaram o primeiro disco (Love Me Do) e o último foi o “Let It Be” em 1970 quando Lennon resolveu seguir carreira solo com Yoko. Os Beatles lançaram oficialmente 13 LP’s e 22 compactos. O sucesso foi tanto que, em 1965, receberam da rainha Elizabeth II medalhas da Ordem do Império Britânico


Morte
John estava há cinco anos sem lançar nenhum material inédito. Ate que lançou o Double Fantasy. Voltou a rotina de entrevistas, sessões de fotos, eventos públicos. Ele costumava falar com os fãs que o aguardavam na porta do seu prédio. O então ex-beatle também gosta da cidade. Era comum ver John andando pelas imediações de onde morava.
No dia 8 de dezembro de 1980, Lennon e Yoko foram à RKO Radio Network para dar uma entrevista. Foi lá que John ficou cara a cara com seu assassino, Mark David Chapman. Ele se aproximou do carro para pegar um autografo do músico. Às 22 horas, o casal saiu do estúdio. Chegando a casa, o casal foi surpreendido por Mark que disparou cinco vezes contra John fazendo-o perder 80% do sangue. O corpo foi cremado e suas cinzas guardadas com Yoko.
Chapman não chegou a fugir da cena do crime. Ele era autista e fazia uso de drogas. Ele foi julgado e condenado à prisão perpétua. Desde 2000 tenta a liberdade condicional, foi negada por oito vezes. Após a morte de Lennon foi inaugurado um memorial em sua homenagem no Central Park, em frente ao prédio em que viveu os últimos anos de sua vida.








Fontes
*http://beatlemania.com.br/
*http://www.suapesquisa.com/musicacultura/historia_beatles.htm