Infelizmente, o Brasil é conhecido (e com alguma justiça) por ser um país muito corrupto. Já até cheguei a comentar e um post (clique aqui) falando um pouco de como a corrupção está tão presente em nosso cotidiano, como o brasileiro é um povo criativo e acaba usando essa criatividade para a "tirar vantagem", para usar em benefício próprio, para ser corrupto.
A política é um reflexo da população de seu país. Nada mais natural em ver um povo corrupto ser governado por políticos corruptos. Sabemos muito bem como isso acontece no Brasil. O pior não é apenas a própria corrupção, é impunidade. Segundo o site "Congresso em Foco", apenas 0,1% dos presos do país foram acusados de corrupção (clique aqui para ver mais sobre). O que me parece muito pouco para o excessivo número de casos de qualquer tipo de irregularidade tanto de políticos quanto de pessoas ligadas a eles.
Só para se ter uma ideia de como a corrupção é danosa ao Brasil, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) fez um estudo em 2012 e chegou a conclusão que entre 1,38% e 2,3% do PIB são perdidos com a corrupção no país. Como naquele ano o PIB ficou em 4,4 bilhões de reais, estima-se que foram perdidos entre 61,7 bilhões e 101,2 bilhões de reais. (clique aqui para ver mais sobre).
O mais novo caso de corrupção é investigada pela operação conhecida por "Lava-Jato". A operação começou a investigar uma rede de doleiros em diversos Estados e acabou descobrindo uma grande esquema de corrupção na Petrobras, envolvendo políticos de vários partidos políticos (clique aqui para ver mais sobre). É a investigação em combate à corrupção país. O PT está no centro das atenções por ter um número grande de politicos filiados ao partidos. Além de ser o partido da atual presidente Dilma que tem seu mandato muito questionado (em especial, o segundo quando estourou uma crise em vários setores da economia).
Bem... Pelo que foi dito e por outras razões (que qualquer rápida pesquisa possa servir de suporte) o PT vem sendo alvo de justas críticas. Grande parte dos veículos de comunicação e da sociedade estão colocando o Partido dos Trabalhadores como principal vilão de todos (ou de boa parte) os males do país. Sabemos que o o partido só assumiu o poder em 2002 com Lula. Também temos conhecimento que a corrupção no país existe a muito mais tempo que esse 14 anos petistas. Então, por que só o PT que sofre tantos ataques enquanto os demais partidos passam quase despercebidos? Não estou querendo inocentar o PT, longe disso. O ponto é o seguinte: o PT não é "O Problema", é uma parte dele.
Não são apenas os politicos petistas que são corruptos, que envolvidos em escandalos, que são verdadeiras pragas para o Brasil.
Nesta semana, vi uma notícia, no mínimo, absurda. Em Jerusalém, o grupo ultranacionalista Lehava realiza "patrulhas" para que israelenses e árabes não mantenham qualquer tipo de relação. Apesar de serem constantemente acusados de serem racistas e violentos, o grupo argumenta tentar defender um "identidade judaica"(vou deixar o link da notícia lá nas "Fontes", onde tem um vídeo com depoimento de alguns integrantes do grupo) . A muito tempo que a relação entre israelenses e árabes (palestinos em especial) é bastante hostil. Vamos tentar entender como tudo começou.
Uma breve história do conflito
O Judaísmo acredita que a atual área de Israel é a terra prometida, a terra santa, prometida por Deus.
Esta mesma região, foi ocupada por muitos povos. No ano 70 d.C., os Romanos começaram a cobrar altos tributos aos judeus que lá viviam, o que gerou (é claro!) muita insatisfação. Até que, por volta do ano de 132 d.C., acabou estourando a revolta do Bar Kokhba (movimento nacionalista de independência). Motivos religiosos foram somados aos atritos políticos que já existiam romanos e judeus. O que acabou acontecendo foi um despovoamento das comunidades judaicas que lá viviam. Quem viva nestas localidades acabaram indo para diversos locais do mundo.
Antes de continuar, preciso explicar um pouco o que é o Sionismo. O termo vem graças à colina de Sion a qual fica em Jerusalém. A ideia foi idealizada por Theodor Herz que, com ideais nacionalistas, diz que os judeus deveriam ter um Estado próprio, um lugar que eles pudessem ser fortes. Ele chegou a escrever o livro "Estado Judeu". A ideia de Herz foi o principal "motivo" para a criação do Estado de Israel.
Até que, em 1897, após o primeiro encontro sionista, decidiram voltar para a Terra Prometida. Só tinha um detalhe: aquela região estava ocupada pelo Império Otomano (abaixo, um link falando um pouco sobre o Império Otomano) onde viviam 500 mil árabes. Antes da Primeira Guerra Mundial, 60 mil judeus já viviam na atual Palestina. Após o fim da Primeira Guerra, o Império Otomano foi divido entre os país "vencedores" da guerra. Esta região ficou sobre domínio britânico. Nesta época pós primeira guerra, a Inglaterra já tinha recebido algumas sugestões sionistas (a criação de um Estado judeu). Uma destas sugestões foi a Declaração de Balfour, do então secretário dos Assuntos Estrangeiros, Arthur James Balfour, direcionada à Federação Sionista britânica que se refere na intenção do governo inglês em facilitar a criação de Estado Judeu na região. Isto (é claro) criou uma insatisfação da comunidade muçulmana. Até que França e Reino Unido concordam em promover e apoiar a criação de governos democráticos na região onde era o Império Otomano (território que ficou sobre o controle dos dois países após a Primeira Guerra Mundial) com a Declaração Anglo-Francesa.
Enquanto isso, o número de judeus na região só aumentava. Até que, em 1920, os judeus criaram um grupo paramilitar (Hanagah). Grupo este que servia para autodefesa dos judeus e para atacar os árabes que viviam na região. Nesse contexto, o Partido Nazista chegava ao poder na Alemanha. Parte do discurso do Partido colocava culpa nos judeus pela derrota alemã na Primeira Guerra. A partir deste discurso de ódio ao judeus (e de outras minorias), começou uma perseguição aos judeus por parte dos nazistas. Episódio que ficou conhecido como Holocausto (vou deixar links abaixo falando um pouco sobre isto). Nesse contexto de holocausto e com a Segunda Guerra Mundial acontecendo, a ida de judeus para a região onde está Israel se intensificou.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, foi fundada a ONU (Organização das Nações Unidas). A ONU tem como objetivo garantir a paz mundial. Logo de cara, viu como a questão judaica no Oriente Médio como uma de suas prioridades e pressionava a Inglaterra, que estava a frente da situação até então, para solucionar o caso. Em 1947, a Inglaterra "abre mão" e passa para a ONU a responsabilidade para resolver a questão. A solução encontrada foi a seguinte: a criação de dois Estados, um judeu e outro árabe. Os judeus (que tinham uma população de 700 mil pessoas) ficaria com 53% do território e os árabes (que eram representavam por 1 milhão e 400 mil pessoas) com os outros 47%. É claro que os palestinos e a Liga Árabe foram contrários à solução proposta pela ONU. Apesar de não ser aceita pelos árabes, o Estado de Israel foi fundado em 1948.
A partir da criação de Israel, o que houve desde então foram conflitos na tentativa de tomada de território de ambos os lados.
Abaixo, um vídeo que encontrei na Internet e que conta / explica bem um pouco da história sobre toda a situação em que esta região do mundo se encontra:
Mãe vaidosa. Prepara-se com seus perfumes, flores e jóias. Seu canto é tão bonito quanto o seu povo que sempre lutou (e ainda luta) para ter sua voz seja escutada e respeitada. Voz de tanta tradição e respeito que deveria fazer qualquer sujeito se curvar e reverenciar tanta tradição.
Seu balé é cheio de gracioso e tão solene que quase dá pra se afogar de tanta beleza e pureza.
A mais de 90 anos seus filhos e muitos convidados colorem de azul e branco um Rio tão vermelho quanto o coração de todos os seus admiradores e seguidores.
Como tudo na Bahia, o sagrado e o profano são mais que vizinhos, amigos. Eles se confundem. E como toda mãe, ela gosta ver seus filhos festejando depois de suas obrigações.
Odó Iyà Iemanjá.
Diferentemente dos post
anteriores nos quais eu tento passar algum conteúdo (dê uma passadinha lá e
indique a algum amigo, familiar, qualquer um e deixe um comentário; desde já agradeço)
vai ser mais um texto reflexivo.
Como todos sabem, o
transporte público em todo o Brasil é de qualidade bem discutível (devo fazer
um post sobre o assunto, mas não ao caso agora). Entretanto, acabamos entrando
em contato com outras pessoas de realidades diferentes da nossa, mesmo morando na
mesma cidade. Diferença de idade,
orientação religiosa, orientação sexual, realidade econômica diferente. Além
disto, acabamos, muitas vezes sem querer, ouvindo a conversa daqueles que, como
eu e/ou você, estamos lá presentes.
Nesta semana, eu estava
em um ônibus. Aconteceu o que falei agora a pouco: percebi que um idoso ia
conversando com o cobrador. Não ia prestando muita atenção na conversa. Até que
o senhor falou uma frase que me chamou atenção. “O povo pensa que é malandro,
mas é otário”. A conversa se estendeu com o senhor explicando sua posição da
qual eu discordo e confesso que não lembro no momento (e acabei não entrando na
conversa). Mas sua frase acabou ficando.
Fiquei pensando nela
até escrever este post. E realmente, nós (brasileiros) achamos que somos
malandros, espertos que nosso jeitinho vai nos livrar ou que basta para
levarmos a vida. Mas não é nada disso. Somos verdadeiramente uns otários. Muitos
se acham sabidos e dão seu jeito, se enrolam mais na maioria das vezes e acabam
prejudicando aqueles que querem simplesmente viver de forma correta.
Jeitinho
x Criatividade
Sinceramente, acho que
somos um povo muito criativo. Quando nossa criatividade é usada para coisas
boas vemos verdadeiros ícones de nossa cultura. Pelé, Zico e Marta no futebol;
Oscar, Hortência e Paula no basquete; Caetano Veloso, Elis Reina na música; o
casal Jorge Amado e Zélia Gattai na literatura. Falta espaço aqui neste blog
para falar de todos aqueles que, com sua engenhosidade/originalidade, fizeram e
fazem parte da história do Brasil.
Infelizmente, essa
criatividade não é usada apenas para o lado bom. Pelo lado ruim também. Usamos
essa criatividade para benefício próprio e acabamos prejudicando terceiros. Vai
desde as menores coisas (furar fila, pessoas não idosas parando em vagas para
idosos, colar em prova, etc.) e indo até casos mais complexos (desvios de
dinheiro público para benefício próprio).
Sim! A corrupção é o
jeitinho brasileiro sendo executado. Quando um político nos rouba milhões, ele
está fazendo a mesma coisa que você que quando para na vaga de deficiente sem
ser um. É claro que a atitude do político está em uma escala muito maior. (o
que também não inocenta em nada nossos pequenos casos de violação da lei). Antes
que alguém possa achar que me considero um cidadão “limpo” ou até hipócrita,
confesso que também cometo meus “deslizes éticos”. Muito por isso vivemos na situação
em que nos encontramos e temos os políticos que temos. Enfim. Espero que você tenha
compreendido essa minha “viagem”. O que nos resta fazer? Ser menos o malandro e
mais o criativo. Farei minha parte. E você?
Vai fazer a sua?